A iniciativa é vinculada ao projeto de extensão “violência sexual contra crianças e adolescentes: educação com ferramenta no processo de prevenção”.
Estudantes do curso de serviço social, juntamente com a professora e coordenadora do curso, Maria Lúcia, realizaram nesta sexta-feira (08) duas oficinas no Colégio Paulo Freire, em Petrolina para a culminância do projeto de extensão “Educação como ferramenta no processo de prevenção”. Durante o encontro foram realizadas atividades e dinâmicas, com o foco na prevenção dos diversos tipos de violência contra criança e adolescente, com ênfase sobre a violência sexual, realizado com professores e estudantes do 8º e 9º ano do ensino fundamental.
Com uma proposta que teve início no espaço acadêmico, o projeto de extensão se expandiu, percorrendo outros espaços educacionais e colaborando na desconstrução de estereótipos construídos ao longo do patriarcado, que são geradores de violência doméstica e sexual. Como o foco da intervenção do assistente social é a relação direta com os problemas sociais, o projeto “Educação como ferramenta no processo de prevenção” traz espaços de reflexão fundamentais na contribuição de experiências que venham a preparar esses estudantes da graduação para o mundo profissional.
A abordagem do tema “Violência sexual contra criança e adolescente: a educação como ferramenta no processo de prevenção”, parte de diversas inquietações, enquanto curso de Serviço Social, que percebe a importância de um estudo aprofundando sobre a temática em atividades de extensão complementando a vivência adquirida em sala de aula e atuando na promoção dos direitos humanos.
Para a coordenadora do projeto, Maria Lúcia, a prática educativa no âmbito escolar contribui para a prevenção da violência sexual contra crianças e adolescentes, divulgando a importância da denúncia aos casos de violações de direitos e a importância da notificação sobre o que é a violência sexual.
A realização do projeto dividiu-se em dois encontros, o primeiro sendo com docentes do colégio e, posteriormente, com os alunos do ensino fundamental II. Ao todo, entre professores e alunos, os encontros contaram com 86 participantes, e as atividades foram realizadas em forma de dinâmicas e debates como: apresentação “quem sou eu”; “o que você entende por violência sexual?”; “na sua prática você já vivenciou alguma demanda de violência?”; “quais os mecanismos de proteção contra a violência que você conhece no município”.
Os alunos que participaram das discussões em outro encontro específico, prestigiaram também, a exibição dos vídeos curta metragem “ Que corpo é esse” do canal futura, parceiros do projeto, e finalizaram as atividades com uma dinâmica de balões, com discussões sobre frases especificas referentes ao assunto abordado.
Elda Mulato, uma das professoras que participaram do projeto, reitera que muitas crianças não têm acesso à informação ou possuem medo de falar sobre o assunto, então essa proposta realizada pela Facape traz uma forma diferente de abordar a temática e deixa os alunos mais atentos e a vontade para falar sobre o tema.
“A realização do projeto só vem a acrescentar nosso trabalho em sala de aula, e foi esclarecedor trabalhar a violência de forma mais específica, alertando essas crianças sobre situações que talvez, eles não considerassem violência, então esse projeto vem para fortalecer o processo de prevenção que nós realizamos aqui na escola”.
A aluna Victória Iasmim, do 5º período do curso de serviço social, integrante do projeto de extensão avalia que essa realização foi muito importante para o seu crescimento acadêmico.
“Esse tema sempre me trouxe bastante curiosidade, e quando vi a oportunidade de aprofundar meu conhecimento fiquei muito entusiasmada. Com a pesquisa nos órgãos de acolhimento da cidade de Petrolina e Juazeiro, entendemos a importância de falar sobre a temática tanto para os profissionais, como para as crianças e adolescentes. Eu espero de coração que todo esse conteúdo que foi passado seja aproveitado, e que assim todos sejam multiplicadores dessas informações, para que as crianças e adolescentes da nossa região sejam protegidos de terem sua inocência roubada”.