As redes sociais têm influência na ansiedade dos usuários? As pessoas percebem com facilidade os sinais de quando estão ansiosas? Quais são os fatores determinantes que causam esse mal? Essas foram algumas das perguntas que alunos do 6º período do curso de Administração da Facape buscaram responder em uma pesquisa realizada em junho deste ano. Orientados pelo professor Inácio Loyola, que ministra a disciplina Pesquisa de Marketing, os estudantes percorreram 20 bairros de Petrolina-PE e consultaram 360 pessoas acerca do assunto. O estudo mostrou que a cidade vem sendo afetada pela ansiedade, 85,28% das pessoas afirmaram já ter vivenciado momentos de ansiedade.
A pesquisa contou com 20 alunos, que entrevistaram 18 pessoas cada, em ruas intercaladas de bairros da cidade, selecionadas por sorteio. Na amostra, 50% dos consultados eram do sexo masculino e 50% do sexo feminino, divididos em três faixas etárias: 18 a 26 anos, 27 a 50 anos e mais de 51 anos. Estudantes de Ensino Médio compuseram a maior fatia dos entrevistados, seguidos por comerciários. A renda média familiar dos participantes é entre 2 a 3 salários mínimos.
Na pesquisa, foram elaboradas perguntas guias; 62,2% afirmaram conhecer pessoas na vizinhança com problemas de ansiedade e os sinais apontados como mais frequentes por pessoas ansiosas foram insônia (41,11%) e estresse (34,17%). Para os que afirmaram já ter vivenciado momentos de ansiedade, foi perguntado quais os principais motivos que levaram a isso. Foram três motivos principais: 19,17% responderam preocupações com o futuro; 17,22% condições financeiras; e 11,67% problemas familiares. Quando perguntados sobre de qual forma as redes sociais podem afetar a ansiedade, 39,44% responderam que elas podem distanciar as pessoas e 18,89% afirmaram que podem causar irritabilidade.
Por fim, os estudantes levaram uma série de sugestões sobre os cuidados que podem evitar ansiedade, pedindo que dessem uma pontuação pelo grau de importância entre 1 a 10 para cada uma delas. As sugestões que tiveram grau de importância extremamente alta foram: confiar mais em si mesmo (74,72%); dedicar tempo para se cuidar (73,61%) e dar mais atenção a quem você ama (68,61%).
Como formas de tratamento que possam ajudar, terapias psicológicas e atividades físicas foram as duas opções mais citadas, o que mostra que boa parte dos petrolinenses consegue identificar a seriedade da ansiedade, algo que deve ser tratado atrelando o físico e o psicológico das pessoas.