Nesta quarta (13/03), o colegiado do curso de Serviço Social da Facape promoveu uma roda de conversa cujo tema foi “Mulher: história, violências e direito”, onde foram debatidas pautas importantes para o mês de março, conhecido como o mês da mulher.
Com uma lista de convidados repleta de mulheres que possuem papeis importantes na luta feminina, a roda de conversa lotou o auditório principal da Facape e discutiu os diversos tipos de violência que as mulheres sofrem, as medidas que devem ser tomadas para mudar os números de feminicídio em Petrolina e Juazeiro, os direitos que as mulheres possuem e quais os serviços disponíveis que podem ser acionados em casos de violência.
Estiveram presentes no debate a Diretora Acadêmica Vânia Lasalvia; o coordenador do curso de Direito, Carlos Romeiro; a coordenadora do curso de Serviço Social, Maria Lucia da Silva; a professora doutora Ana Christina, do colegiado de Direito e Serviço Social; e a professora Bárbara Alves, do colegiado de Direito; Dálete Andrade, tenente da PM da Ronda Maria da Penha em Juazeiro; Maria Elena, vereadora e relatora da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher em Petrolina; Cristina Costa, vereadora e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher em Petrolina; Karla Karielle, analista judiciária e assistente social da Vara da Violência Doméstica e Familiar.
Para a coordenadora do curso de Serviço Social, Maria Lucia da Silva, as Instituições têm o papel de promover debates como esse. “Esse assunto é importante para os discentes e docentes da Instituição, e a faculdade tem o papel de fomentar essas discussões, de analisar a conjuntura e trazer esse pensar para que haja uma possibilidade de alternativa, de mudança, no fazer do nosso cotidiano enquanto mulher e também profissional”, conta.
O evento foi aberto a estudantes de outras universidades que possuem interesse no assunto, e levou, em peso, alunos do curso de Direito da UNEB. Vânia Lasalvia, Diretora Acadêmica da Facape, explica que esse interesse por alunos de outras Instituições é importante. “É muito gratificante ver que estudantes de Direito e Serviço Social, que estão diretamente ligados a pautas importantes como as das mulheres, se interessem tanto por participarem de uma roda de conversa como essa. Muitos futuramente trabalharão com casos relacionados a violência contra a mulher e poderão estar aptos a atender a essas pessoas de forma coerente, contribuindo com nossa sociedade”.
Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, 7.634 mulheres foram vítimas de violência todos os meses, em 2018. O Ligue 180, canal usado para denunciar violência contra a mulher, recebeu 72.839 ligações no primeiro semestre do ano passado, e a violência física foi a mais registrada, com 34 mil casos. A violência psicológica vem em segundo lugar, com 24.378; e a violência sexual corresponde a 5.978 casos.
COMO DENUNCIAR
A Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) fica disponível 24 horas por dia e é confidencial, além de gratuito. Em Juazeiro já existe um serviço de atendimento a mulheres que sofrem violência doméstica, a Ronda Maria da Penha, que atende pelo número (74)3611-5980, ramal 143.